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Demasiadamente humano
Pensei
em tanta coisa. Desabotoei todas as minhas emoções possíveis para
sentir e não racionalizar nada do que é tão abstrato e grandioso de um
tamanho que foge ao que o sentimento pode reter. E restou uma gratidão
enorme no peito que ficou pequeno por causa daquilo tudo que ninguém
pode me roubar: ter em mim um ser povoado de amores nobres, delicados,
intensos... E que, por vezes, é áspero ou enjoativo. Exatamente assim:
demasiadamente humano.
Marla de Queiroz
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